terça-feira, 17 de agosto de 2010

Bienal 2010

Bom dia a todos!!

A Bienal 2010 ainda rola solta aqui em São Paulo. Eu fui dar uma olhada no evento no sábado junto com minha namorada, cunhadas e cunhados e apesar de estar super cheio, ainda assim achei bem legal. Lógico que os livros poderiam estar um pouco mais barato, mas como espero estar entrando no ramo de literatura, até entendo o preço dos livros.

Em contrapartida, muitos lançamentos. Vi imensas filas com pessoas loucas por um autógrafo de seus escritores favoritos e eu também estive em uma delas.

Visitei o estande da Leya pouco antes da presença de Raphael Draccon (escritor competente e bastante criativo) para garantir meu exemplar do terceiro livro de Dragões de Éter intitulado Círculos de Chuva.
Estou, no momento, no terceito ato sedento por continuar devorando o livro, mas as obrigações do dia-a-dia infelizmente me tiram desse mundo incrível que é Nova Ether. Como não podia deixar de ser, quando soube que Raphael Draccon estaria no estande em poucos minutos, corri para a fila que já se formava com outros, que como eu, vibraram com cada palavra, cada página, cada divagação que nos leva até o mundo maravilhoso que Draccon criou com tanta simplicidade e competência. Abaixo está uma foto que tirei com Draccon e que fiquei muito feliz, muito feliz mesmo de ter meu terceiro livro autografado por ele e abaixo da foto uma pequena resenha da série como um todo. Obrigado Draccon, obrigado por esse mundo que você criou e nos transportou até ele com maestria que apenas grandes escritores têm o dom de fazer.


"Dragões de Éter, lembro a primeira vez que o vi. Eu estava visitando minha família em Pernambuco quando minha mãe convidou eu e meu irmão para o shopping. Aceitamos e fomos. No shopping, entrei na livraria para folhear algum livro, procurando sem muito interesse por estilos que eu já conhecia e não faziam minha boca salivar com a vontade de lê-los. Foi então que, revirando uma estante de livros, vi um livro que me pareceu interessante. O nome do livro? Coração de Pedra. Peguei o livro e o folheei na esperança de sentir interesse em lê-lo. O interesse veio e eu o coloquei na cestinha de compras.

Quando minha mãe já estava no caixa, pronta para ir embora apenas esperando que eu a entregasse o livro, um nome me chamou a atenção. No meio de tantos livros, de tantas cores, eu vi algo que me chamou a atenção. Dragões de Éter. Li o nome do livro e o puxei da estante. Minha mãe já estava começando a ficar impaciente e só ficou mais ainda quando eu resolvi folhear o livro. Confesso que imaginei algo muito diferente da minha primeira impressão do que seria o livro. Imaginei algo como o filme Shrek onde o conto-de-fadas é apenas um motivo para comédia e senti dúvida qual livro levaria. Perguntei para meu irmão qual eu deveria levar. Ele, na mais sábia e inocente decisão, disse que eu devia levar Dragões de Éter porque era um livro só. Eu não teria que esperar até lançarem o próximo. Minha mãe, já extremamente impaciente disse para eu levar os dois. Ela pagaria por um enquanto eu pagaria pelo outro.

Eu estava no caixa passando meu cartão para comprar Dragões de Éter, mas ele não tinha crédito suficiente. Olhei para minha mãe como o gato do Shrek e consegui convencê-la a comprar também Dragões de Éter. Saí feliz da livraria, com dois livros na sacola.

Quando chegamos em casa, fui direto para a varando ler o Coração de Pedra, mas não sem antes golear meu irmão no Winning Eleven do playstation one. Comecei a leitura e fui até a madrugada. Para falar a verdade, não gostei muito. Em muitos momentos sentia o sono chegando, mas me esforcei em mantê-los abertos até o fim. Antes que o Sol nascesse, eu já estava no final do livro.

Ao terminar Coração de Pedra, senti um alívio por ter terminado e uma angústia por ter perdido meu sono lendo-o. Então fui para cama aproveitar os últimos minutos da noite (porque quem já visitou ou morou ou mora em Pernambuco, sabe que o amanhecer já traz um calor de fritar ovo no asfalto). Quando subi para minha cama, vi Dragões de Éter lá. Parecia estar dormindo. Peguei o livro e o folheei. O livro ainda era a versão antiga do primeiro livro. Deitei na cama e comecei a ler. Li e me envolvi de tal maneira na história que o livro tomou café da manhã, almoçou e jantou conosco. Em um dia terminei o primeiro livro. Quando virei a última página, um sentimento de satisfação tomou conta de mim. Ganhei um dia inteiro lendo um livro que fez minha mente viajar para um outro mundo, uma outra realidade.

Confesso que tomei um susto quando vi o segundo livro da série Dragões de Éter. Imaginava que o livro era volume único e me empolguei correndo até a livraria, apanhando o livro e pulando no caixa. Ainda hoje lembro a expressão de assustada da garota que estava no caixa quando pulei com o livro na mão. Voltei para casa e comecei a lê-lo. Quando terminei, mas um sentimento de satisfação me invadiu. O sentimento de ter ganho mais um dia lendo um livro tão bom quanto Dragões de Éter.

Fiquei angustiado na espera do terceiro e último ='( livro da série. Não sei se isso acontece com vocês, queridos leitores, mas eu sinto um vazio imenso depois que uma grande série termina. Foi assim com Friends, X-men, Caverna dos Dragões, Jiraya, dentre tantos outros que permearam minha vida. Ainda estou lendo o terceiro e estou adorando. Uma dualidade de sentimentos rivalizam dentro de mim. O sentimento de alegria por ter sido um dos felizardos de participar deste mundo incrível que é Nova Ether e o sentimento de tristeza pela última página dos irmãos Hanson, de Ariane, dos irmãos reais Branford, Liriel e Snail...personagens que conseguiram criar formas físicas dentro da minha mente. Mais uma vez, agradeço Raphael Draccon por ter nos dado o ingresso para este mundo maravilhoso, este mundo de intrigas políticas, rivalidades, amizades e tantos outros sentimentos que encontramos em nós mesmos e no nosso próprio mundo, assim como o mundo de Nova Ether, o mundo de Dragões de Éter."