sábado, 25 de dezembro de 2010

Feliz Natal e a Janela para Nárnia parte III

Boa noite queridos leitores.

Gostaria de desejar um feliz natal para todos e um ano novo repleto de felicidades. Como presente, segue a parte 3 da Janela para Nárnia.

“Quando o mundo entrar na escuridão,

Quando as estrelas deixarem de brilhar,

Quando a esperança esvair,

Três rapazes virão dos céus.

A esperança voltará a fluir,

As estrelas voltarão a brilhar,

O mundo deixará a escuridão para sempre.”

- E o que nós temos a ver com isso? – Paulo perguntou irritado quando o pai de Tina fez uma pausa na sua canção.

- Como assim? – retrucou a criatura do rosto redondo. Dois filetes de lágrimas escorriam-lhe pela face desaparecendo embaixo da espessa barba.

- Papai... – Tina tentou chamar a atenção do seu pai para a falsa esperança que ele voltara a nutrir mesmo depois do ocorrido anos atrás.

- Ora, Tina. – ele falou virando-se para sua filha que o fitava já irritada. – Eu tenho certeza dessa vez. – e ele contemplou os três garotos enquanto os levava para a tenda do Ancião.

- Esse cara é pirado. – Miguel sussurrou arrancando risadas abafadas dos seus amigos.

- Agora estamos salvos! – o pai de Tina voltou a gritar extasiado.

Miguel segurou no braço de Tina para que eles se afastassem uma distância segura do pai dela.

- Do que seu pai tá falando? – perguntou confuso.

- É uma antiga lenda. – ela respondeu preocupada enquanto observava seu pai cantarolando pequenos trechos de alguma música encorajadora.

- E o que diz essa lenda? – Daniel perguntou freando para andar ao lado de Miguel e Tina.

- Ela fala de três rapazes que virão nos salvar quando a escuridão avançar por essa terra. Na verdade, já faz alguns anos que enfrentamos problemas. Certo dia, três garotos caíram do céu, assim como vocês.

- E eles pousaram numa carroça lotada de esterco também? – Paulo perguntou também freando e deixando que o pai de Tina andasse na frente cantarolando suas canções. Tina o fitou irritada. Paulo deu de ombros fingindo não se importar com a reação dela.

- Continua, Tina. Por favor. Não liga pro que Paulo diz. – Miguel falou lançando um olhar repreendendo seu amigo. Tina deu de ombros fingindo a não existência de Paulo, então continuou:

- Meu pai vibrou quando os três rapazes caíram dos céus. No entanto, quando ele os levou para nossa cidade, os três garotos mostraram-se espiões do malévolo imperador Rumpel Stiltiskin.

- Quem é esse? – Daniel interrompeu fazendo uma careta.

- Ele é o imperador do reino do Norte. – Tina respondeu e cuspiu no chão ao pronunciar mais uma vez o nome Rumpel Stilstiskin. – Aquele bastardo.

- Ora, - eles ouviram alguém mais a frente falar. O pai de Tina estava parado a frente deles observando-os com um sorriso alegre. – vamos lá. Já estamos quase chegando.

Os quatro apressaram o passo, apenas Paulo tentou não apressar-se demais.

Eles caminharam em silêncio o restante do caminho. Apenas o pai de Tina continuava cantando canções que sempre mencionava os três rapazes que caíam dos céus para acabar com a escuridão. Daniel contemplava aquela bela trilha. As árvores floridas cresciam por todo o caminho. Alguns pássaros cantarolavam. Daniel sentia a natureza preenchendo seu ser e isso era ótimo. Ele lembrou-se de um dia quando seus pais o levaram para um parque. Ele adorou respirar naquele lugar. Era um imenso prazer inspirar o ar para seus pulmões e depois expirá-los.

- Adorei esse lugar. – sussurrou contente. Tina pareceu ouvi-lo, porque um pequeno sorriso desenhou-se nos lábios dela.

- Ali está nossa cidade! – o pai de Tina gritou apontando ansioso para algumas árvores gigantes que cresciam até a altura do céu. Elas estavam dispostas formando um círculo e apenas quando levantaram suas cabeças, os garotos puderam ver pequenas casas feitas, na maioria delas, de madeira. – Olhem quem caiu dos céus! – o pai de Tina correu para o centro de onde cresciam as árvores gritando e apontando dessa vez para os garotos. Olhos curiosos fitaram os garotos fazendo-os sentirem-se como animais num zoológico. – Vamos, pessoal! – gritou encorajadoramente. – Esses são reais!

Então uma sombra muito grande começou a aparecer de dentro de uma árvore maior que as outras que ficava exatamente no centro do círculo formado por elas. Um pedaço torto de madeira apareceu primeiro, mas os garotos espantaram-se mesmo quando uma figura enorme caminhou para fora da árvore.

A criatura tinha pelo menos dois metros de altura. Era extremamente gordo e parecia tão antigo quanto à escrita. A barba grisalha da criatura dava uma volta na sua cintura e ainda arrastava-se pelo chão. Os olhos baixos e cansados confirmavam que aquela criatura já vivera e presenciara muitos acontecimentos.

- Ancião! – o pai de Tina exclamou correndo da direção do seu superior e ajoelhando-se próximo a ele em sinal de respeito. Tina também se ajoelhou. Os três rapazes entreolharam-se confusos e ajoelharam-se em seguida.

- Então vocês dizem serem os três mosqueteiros. – a voz do Ancião era rouca e profunda parecendo sair de dentro de um trombone. O tom não era nem um pouco amistoso. Nenhum dos três rapazes atreveu-se a olhar nos olhos do Ancião. – Talvez vocês possam nos provar. – completou e agora os três garotos levantaram suas cabeças e olharam para o Ancião. O olhar dele era duro e perigoso.

- Provar? – Paulo perguntou antes de sentir uma pancada na cabeça e desabar desacordado.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Promoção de Natal

Boa noite queridos leitores,

Para divulgar meu livro e também aproveitando o clima natalino, o blog Filosofia Tediísta resolveu criar uma promoção de Natal. É bastante simples participar. Basta completar a estória (comentando nesse post) utilizando exatamente vinte e cinco palavras e quem tiver a melhor continuação ganhará uma cópia do meu livro Territórios - O Cinturão de Fogo autografada (que chique, hein? =P).


A promoção irá durar até o dia 24/12 e o resultado será divulgado dia 25/12. Entrarei em contato através do email com o vencedor e pelo email pedirei o endereço do mesmo para enviar o prêmio por correio. Então fiquem atentos e participem.



E o começo da estória é:

"A noite já estava chegando. O Sol descia no horizonte abandonando o céu que se transformava numa pintura azul escuro e indistinguível. Duas crianças brincavam num vale seco e desolado. Um som de metal rangendo viajou pelo ar alertando as crianças que entraram em desespero. Algo estava vindo naquela direção. (...)"




segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

UHUHUHAUAHAUHAUAHSUASH!!!

AEEEEEEEEEEEW POVÃO!!!!!!!!

Agora meu livro está oficialmente publicado!!!

Através dos links é possível compra-lo:
http://www.clubedeautores.com.br/book/25664--Territorios
http://www.agbook.com.br/book/35154--Territorios


Eu sei que o preço está um pouco salgado, mas como a impressão é sob demanda, o custo do livro acaba sendo mais alto...

Um abraço pra vocês e agora vou comemorar!!!

ahsushausuahsuashsa

P.S) Abaixo a sinopse do livro.

Alf é apenas um garoto normal, estudando numa escola normal, vivendo num mundo normal. Contudo, uma tempestade e uma súbita sonolência alavancam Alf para um mundo de aventuras e batalhas intensas. O mundo: um continente dividido em porções de terra denominadas Territórios. Cada Território possui um governante intitulado Marquês. Uma grande guerra está explodindo quando Alf acorda numa cama confortável num castelo. Neste novo mundo, Alf faz novas amizades e aprende sobre Espíritos, entidades elementais que emprestam seus poderes à seres humanos merecedores através de pactos. Um General avança com suas tropas sobre o Território do Fogo e Alf deve combatê-lo. Embarque nesta aventura alucinante com guerras, amizades e lágrimas. Assim é Territórios: O Cinturão de Fogo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Aqui não é a Riviera




Boa noite queridos leitores,

Eu ia postar sobre esse filme fim de semana passado, mas acabei esquecendo e muitas coisas aconteceram de forma que ficou tudo atropelado, mas hoje eu termino o post sobre esse filme excelente.

Bom, particulamente eu comecei assistindo o filme com os dois pés atrás. Tudo bem, eu admito. Eu tinha um certo preconceito contra os filmes franceses, mas isso porque todos que eu tinha assistido eram muito cabeça pra eu entender. O filme conta a história de um homem que para agradar a mulher, decide pedir transferência para uma região super requisitada na França. A partir daí começa a confusão. Primeiro que o cara tenta "dar um jeitinho" para que tivesse prioridade no processo de transferência. Ele é pego e mandam ele para "a fria e desolada" região norte da França. No filme é bem explícito o preconceito que há entre os sulistas em relação aos nortistas. Pelo que entendi, para os sulistas, o pessoal do norte é sem-classe. Isso me lembrou daqui do Brasil onde existe o mesmo tipo de preconceito.

Chegando ao norte, o ator principal descobre que lá não é bem como as pessoas falavam. Mesmo assim, enormes confusões arrancam agradavelmente gargalhadas até o ponto das lágrimas caírem. Resumindo: Aqui não é Riviera (tentei procurar o nome em francês, mas não encontrei. Minha professora chegou até a falar, mas ainda assim permaneci sem entender =P) é um filme cômico com sacadas divertidas bem diferente do humor repetitivo e apelativo da maioria das comédias "holewoodianas".

Minha nota para o filme?
R: 10

P.S) Acho que estou vislumbrado com o cinema francês =D

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Os três primeiros capítulos de Territórios: O Cinturão de Fogo

Bom dia, queridos leitores.

Estou lançando hoje os três primeiros capítulos da versão oficial do primeiro livro da minha série Territórios. Espero que vocês curtam a leitura tanto quanto eu curti e ainda estou curtindo escrever.

Um abraço para todos.

Clique aqui para baixar o PDF do livro.

Será se ele é fera??

Adoro circo. Já fui algumas vezes mas nunca vi algo assim.

\o/

Palmas que ele merece.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Novamente, segundo post num dia =P

Bom,

Segue mais um vídeo bem interessante. A sacada desses caras é impressionante. É de aplaudir de pé. \o/


Get Out
Enviado por Esma-Movie. - Televisão clássica e último programa da noite, online.

Pelo visto, o frio irrita até mesmo os semáforos norte-americanos

Bom dia queridos leitores do blog,

O que vocês acham do frio? Eu particularmente adoro FRIO! Aquele frio que você entra debaixo de duas cobertas e mesmo assim seus dentes batem freneticamente.

Em compensação, já ouvi várias pessoas reclamando do frio quando a temperatura cai.

"Ai, que calor infernal!", "Como faz calor nessa terra!", "O Sol não tem pena mesmo, né?!" - São algumas das indagações mais comuns, mas o que um semáforo que sente frio diria? Nunca tinha pensado nisso. Até porque semáforo não fala. Daí que tive uma surpresa bem estranha.

Como todos sabem, os EUA é o exemplo da democracia no mundo. Tão democráticos são nossos companheiros do Norte que até mesmo o semáforo tem direito a liberdade de expressão.




Pois é, talvez possamos aprender um pouco com eles.

Um abraço para todos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Segundo post num dia

Exclusivamente hoje, estarei postando mais de um post no mesmo dia.

O motivo:

Assisti uma animação que não podia deixar de compartilhar com vocês. A animação é francesa embora o tema seja um clássico japonês: samurais. Sempre achei legal os desenhos europeus, mas ultimamente tenho curtido bastante a estrutura de desenvolvimento deles que é bem diferente da tradicional hollywoodiana. Esta animação conta basicamente que o amor supera os limites da vida. É um curta mas em poucos minutos ele explica muito. Embora o som seja apenas a música ambiente, é possível entender e sentir o que as duas personagens sentem. Talvez o único estúdio de animação americano que consegue passar sensação semelhante seja a Pixar, que sem exagero nenhum, eu PAGA UM PAU PRA ELES!!! hehehehehehe

Um grande abraço.

LINK PARA ASSISTIR AO VÍDEO

A justiça tarda mas não falha

Nos dias de hoje é cada vez mais difícil definir o termo privacidade e liberdade. Acontece que nos EUA, um casal conseguiu faturar uma bela bolada por causa de uma 'infração' do Google em relação a privacidade.

Você, caro leitor, antenado como eu imagino que você deva ser, com toda a certeza do mundo conhece a ferramenta do Google chamada de Street View. Pois é. A ferramente causou e ainda causa um enorme alvoroço no que se diz respeito a liberdade de informação contra o direito de privacidade de cada cidadão.

Essa é uma disputa que vai horas de discussão e não há linhas concretas que levem a definição de qual lado é o correto. Afinal, graças as câmeras nos estabelecimentos comerciais e até nas residências, a incidência do reconhecimento dos assaltantes aumentou. Quem nunca entrou numa loja que tinha uma placa: "Sorria! Você está sendo filmado!". Esses são os papparazzis sem o glamour do dia-a-dia artístico.

Mas voltando ao assunto principal. O casal americano, citado no começo do post, faturou uma grana do Google. Eu considero uma quantia razoável. Eu pagaria menos, com toda a certeza. Depois de dois anos na justiça, a empresa Google reconheceu seu erro e decidiu pagar U$1 para o casal prejudicado.

Pois é. Esse é o mundo em que vivemos.

Link para a notícia oficial do site Globo.com AQUI!!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Da série: "A Janela para Nárnia" - Segundo capítulo

Os garotos olharam ao seu redor. Um misto de incredulidade e espanto percorria suas veias transformando suas entranhas numa pequena bola de adrenalina. Um imenso vale verde os cercava. Num lado, arrastando-se até o fim do mundo, crescia pomares de árvores frutíferas de diversas espécies e cores. Uma brisa suave trouxe um aroma tenro e doce até as narinas dos três garotos. Eles inspiraram profundamente e expiraram. Nunca sentiram ar tão gostoso em toda a vida. Esse aroma era muito diferente do aroma da grande capital onde moravam. Eles lembravam sempre do ar repleto de poluição quando Daniel enfrentava suas crises de asma e era preciso uma máquina para oferecer-lhe um ar razoavelmente puro. Mas aqui, nesta colina, neste mundo, os três garotos podiam respirar profundamente que não se engasgariam com alguma fuligem oriunda de alguma fábrica ou dos automóveis. Eles estavam no paraíso. Mesmo banhados em esterco, ainda assim sentiam o sangue ser preenchido por algo agradável, algo vivo.
- Cês vão ficar aí parados mesmo? – eles ouviram a voz perguntar despertando-os do transe no qual se encontravam.
- Esse lugar é demais! – Miguel falou maravilhado arrancando um sorriso satisfeito da estranha criatura que os encarava.
- Obrigada. – a estranha criatura respondeu. Ela compartilhava o mesmo sentimento de admiração por aquelas estranhas criaturas que surgiram do céu como aquelas criaturas admiravam maravilhadas seu mundo. – Nos esforçamos para manter tudo bonito.
- Nós? – Paulo perguntou curioso. – Então há mais iguais a você aqui?
A criatura do cabelo roxo e nariz longo e fino pareceu não gostar da pergunta de Paulo porque sua expressão fechou. Paulo percebeu a sua inconveniência e desculpou-se.
- Há mais iguais a mim por aqui. – respondeu a criatura com irritação.
- Desculpe, não foi o que eu quis dizer. – Paulo desculpou-se novamente.
Enquanto isso, Daniel inspirava e expirava repetidas vezes. Sentia como se tivesse nascido de novo. Seus pulmões agora podiam encher-se de um ar que ele nunca sonhou existir. Um ar puro, doce.
- Adorei esse lugar! – Daniel gritou assustando Paulo, Miguel e a criatura do cabelo roxo. Ele correu até eles e os abraçou fervorosamente até levando a criatura do cabelo roxo para dançar alguns passos de forró misturado com axé que mais pareceu que seu cada parte do seu corpo havia sido desmontado e começara a desmoronar. Ele ria maravilhado. Pouco depois, Paulo e Miguel compartilharam das risadas frenéticas de Daniel e passaram a dançar junto com ele e a criatura de cabelo roxo que ainda não conseguia entender o que aqueles três estavam fazendo.
- PAREM! – ela gritou quando imaginou que tudo aquilo seria um ritual para controlar sua mente para infiltrá-la na vila e passar informações importantes para eles. Era isso! Eles deviam ser espiões dos seus primos do Norte! Aqueles bastardos! A criatura saltou para longe deixando os três garotos surpresos parados olhando pasmos para a pequena criatura do cabelo roxo que estava com um objeto semelhante a uma pistola na mão. – Quem são vocês? – perguntou desconfiada.
Os três garotos pararam de dançar. Eles iam levantando as mãos quando a criatura gritou assustada:
- Não se mexam! – gritou completamente apavorada. Seus olhos estavam fechados e sua mão tremia com a arma na mão. Os três garotos pararam apavorados com as mãos a meia altura entre a cintura e a cabeça.
- TINA! – uma voz ecoou atrás da colina. A criatura olhou espantada de onde teria vindo a voz. – Abaixe já essa arma, menina! – a voz gritou novamente. Uma coisa irreconhecível redonda começou a surgir abaixo da colina. Subia a passos rápidos, logo um rosto redondo e vermelho como o Sol pôde ser reconhecido. Tinha um escasso monte de cabelo roxo no topo da cabeça e alguns fios saltando da camisa suada.
- Pa...papai! – a menina exclamou na dúvida entre se corria para os braços do seu pai irritado ou se permanecia próxima dos três estranhos que tentavam abduzi-la com um estranho ritual.
- Eu já não falei... – e o pai percebeu com um súbito espanto os três estranhos que estavam entre ele e sua filha. Ele parou próximo a eles e seu queixo caiu. Seus olhos encheram-se de lágrimas e num instante ele saltou nos pés dos garotos assustando-os.
- Ei!
- Não nos mate!
- Vocês finalmente vieram! – gritou a criatura do rosto redondo.
- O que você quer dizer com isso? – Paulo perguntou tentando desvencilhar-se dos braços daquela criatura do rosto redondo. Ele olhou para Tina implorando que o ajudasse, mas a pequena criatura observava seu pai tão espantada quanto os três garotos.
- Os Três Mosqueteiros... – o pai falou esperançoso.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Perfil no Twitter

Olá leitores,

Criei um perfil no Twitter: limaTERRITORIOS

Quem quiser me seguir lá ou quiser seguidores, à vontade para pedir.

Um grande abraço

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Contos no Nerd Escritor

Boa noite leitores do blog,

Estou escrevendo alguns contos no blog O Nerd Escritor. Abaixo segue o link de um desses contos:
http://www.onerdescritor.com.br/2010/10/a-janela-para-narnia/

sábado, 27 de novembro de 2010

Leitura de Nick of Time: Uma Aventura pelo Tempo


Bom dia a todos,

Ontem terminei de ler o livro Nick of Time - Uma Aventura pelo Tempo do autor Ted Bell publicado aqui no Brasil pela editora Novo Século. Abaixo segue minhas impressões sobre o livro.




Nick of Time, na primeira vez que o vi na prateleira, senti meus olhos enchendo-se de emoção. Olhei para a capa e pensei: "Esse livro deve ser muito bom!". Em seguida, foi a vez de ler o pequeno resumo e aí tive certeza que o livro era demais. Comprei-o na mesma hora. No caminho, deletei-me com a espera como uma criança esperando o tão esperado bolo ficar pronto. Chegando em casa, logo iniciei a tão esperada leitura. Contudo, cada palavra lida, cada página virada, parecia que o bolo estava salgado demais. Não li mais do que vinte páginas naquela primeira leitura, encostei o livro no armário esperando uma outra oportunidade que eu o pegasse para ler. Alguns meses depois, desesperado para ler, resolvi apostar novamente minhas fichas numa boa leitura de Nick of Time. Dessa vez, sem criar expectativas, não me decepcionei. A leitura transorreu lividamente. Terminei o livro em algumas semanas, é verdade, mas mesmo assim não deixou de ser uma leitura agradável.
A história, como um todo, até convence. Alguns fatos, no entanto, sempre deixa muitos nós soltos. Viagem no tempo é um tema muito interessante de se trabalhar, contudo a dificuldade é muito grande para deixar os nós da história bem atados. Os personagens não achei muito carismáticos. Por vezes, perdia em algum lugar da minha mente a fisionomia e a personalidade deles, com exceção da carismática Kate. O vilão também não é algo que convence. Faltou criar uma personalidade um pouco mais real para Blood.
Bom. Fora tudo isso que eu disse, dá para tirar uma boa leitura do livro. Basta não ir com tanta sede ao pote esperando um verdadeiro clássico.

Essa é a minha opinião. Qual é a sua?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Harry Potter 7 - Parte 1



Ontem fui com minha namorada ao cinema assistir o filme Harry Potter - As Relíquias da Morte. Como não li o livro, apenas posso dizer que gostei do filme como filme. Já minha namorada falou que o filme realmente retratava bem o que estava acontecendo no livro, com exceção de uma ou outra cena.

Como eu já esperava, ela começou a chorar logo no primeiro minuto de filme. Eu gostei da maneira como o filme fluiu (muito diferente do filme anterior que estava uma verdadeira porcaria). Muitas cenas de ação e até alguns sustos.

Harry Potter - As Relíquias da Morte é um bom filme para assistir. Mesmo para aqueles que detestam o bruxinho.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Harry Potter e sua importância

Bom dia a todos,

Sexta-feira passada o primeiro filme de duas partes do último livro de Harry Potter estreou nas telonas. Confesso que não sou fã de carteirinha da série, mas reconheço a enorme importância de Harry Potter, não só para a literatura fantástica, mas também para a literatura como um todo. Eu ainda não li todos os livros, estou lendo pouco a pouco, curtindo cada página (normalmente devoro os livros).

Achei engraçado quando eu e minha namorada fomos no cinema e passou o trailer do filme de Harry Potter e ela começou a chorar. Então me dei conta de como a série também foi importante para as pessoas. Lembrei quando vi o último capítulo de Friends e senti um vazio logo em seguida. Também quando li o último livro de Percy Jackson, Dragões de Éter, entre outros e realmente é triste quando terminamos algo que passamos tanto tempo vivendo, vendo, sentindo.

Infelizmente, não só as escolas, como principalmente os vestibulares pelo país inteiro, não incentivam o hábito da leitura pelo prazer de ler. Cada escola, vestibular, exigem do aluno ler um livro que muitas vezes não tem o gancho que o prende no livro. Dessa maneira, um sentimento de repulsa em relação aos livros acaba crescendo no âmago do aluno e ele cria uma barreira contra a literatura. As escolas e principalmente as universidades poderiam olhar com mais carinho a idéia de redigir uma lista de livros exigidos um pouco mais eclética abrangendo diversos tipo de literatura. Muitos dizem "não" para a literatura fantástica porque são estrangeiras. Tudo é apenas uma desculpa, porque há muita literatura fantástica nacional de excelente qualidade.

Rowling e sua obra, felizmente, plantaram uma pequena semente que já dá sinais de crescimento. A literatura fantástica é hoje uma grande vertente. Espero que continue crescendo e que novos e excelentes livros sejam escritos e lidos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Estacionar nem sempre é tão simples



Essa ocorreu onde eu trabalho...não posso dizer especificamente quem foi porque senão posso ser despedido :P

Mas fala a verdade...pra quem pilota avião, fazer uma baliza com carro devia ser algo bem simples, né??

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O que você faria se recebessse uma carta do governo informando da morte de algum ente querido?

Choraria?

Xingaria Deus e o mundo por ter levado esse ente querido?

Arrancaria seus cabelos com as próprias mãos?

Talvez todas as opções anteriores?

É. São ações compreensíveis.

Em Northampton, na Inglaterra, uma mãe recebeu uma carta do governo relatando a morte de sua filha. A mulher, em estado de choque, ligou para sua filha para "saber" da sua morte. Agora, como alguém morto pode explicar sua morte? No céu existe celular?

Apesar da filha estar "morta", ela atendeu o celular e acalmou a mãe dizendo que estava tudo bem com ela.

Não é só no Brasil que o governo nos faz passar por situações um tanto inusitadas.

Para ler a notícia retirada do site da globo.com, basta acessar o link abaixo:

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Desgraça pura...

Faltava pouco para terminar o terceiro livro da série Territórios, mas li e reli e não dava para continuá-lo. Os laços acabaram se perdendo em meio a tantos acontecimentos paralelos e alguns que acabaram fazendo a história perder o rumo. Por isso, apaguei tudo e recomecei.

Espero que dessa vez a história tenho uma fluidez mais dinâmica.

Abraços

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Fim de semana no Hopi Hari: Diversão ou Irritação??



Boa tarde leitores queridos,

Ontem (domingo) fui no Hopi Hari para um domingo de diversão e pasmém. Tudo não passou de um dia de filas.
Logo que chegamos, uma enorme fila para o estacionamento nos aguardava. Esperamos pacientemente até que depois de quase uma hora e meia, se não mais, conseguimos estacionar o carro.

Corremos até o Hopi Hari (todos estávamos apertados) e chegando lá quase tive um troço. Uma multidão aguardava para comprar bilhete e uma maior ainda para conseguir passar das catracas. Mais uma hora na fila até conseguirmos entrar no Hopi Hari. Lá dentro, como já era de se esperar, filas e mais filas de pessoas formavam um imenso desenho de fitas com nós, remendos e algumas pequenas discussões. Já de costume, a fila do banheiro feminino existia e ia longe, a do masculino, como raras vezes vi acontecer formava uma pequena fila. Para minha sorte, já tinha tirado água das canelas antes de entrar no parque.

Depois de todos já desapertados, fomos comer. Mais uma fila. Pelo menos uma hora perdemos até conseguirmos fazer o pedido. Engolimos o hamburguer e a batata frita que estavam muito gostoso e fomos para os brinquedos. Decidimos ir para o SPLESH. Uma fila de mais duas horas nos aguardava lá. Pouco a pouco, em passos míudos, a fila andou e após duas horas de espera, brincamos numa atração de menos de um minuto.

Saindo do SPLESH molhados da cabeça aos pés, corremos para a montanha-russa. Achei que tinhámos traçado o pior início de caminho para ir nas atrações do parque, mas depois do que vi, agradeci por termos escolhido o caminho certo.

A fila da montanha-russa tinha nada menos do que três horas de espera apenas para chegar na porta do brinquedo. Mais para dentro, uma enorme serpente feita de pessoas serpenteava até finalmente chegar no brinquedo. Não faço idéia de quantas pessoas estavam na fila, mas eram muitas. Andamos até de maneira rápida, mas duas horas e meia passaram-se até finalmente chegarmos na ponte. Bom, aí vocês devem pensar que finalmente fomos no brinquedo, mas não. A ponte era só uma ilusão. Ela descia numa escada para baixo da montanha-russa ziguezagueando e fazendo eu perder a paciência. Ainda ficamos firmes (embora o frio fizesse o corpo tremer, a perna doer e o joelho ranger), mas por fim nos demos por vencidos. Os carrinhos quebravam e uma longa pausa era dada até que finalmente eram arrumados. Para "melhorar", eles disponibilizaram um carrinho para as pessoas irem de costa na montanha-russa e outro para elas irem de frente. As duas filas cresciam, mas enquanto a fila para o carrinho que descia de costas crescia em progressão aritmética, a fila para o carrinho normal crescia em progressão geométrica elevada ao cubo.

Desistindo, ainda tentamos ter fôlego para mais um brinquedo. Não houve fôlego suficiente e fomos embora. Um fim de semana de diversão no hopi hari passou a ser um fim de semana de cansaço, stress e irritação.

"Se for para pegar fila, melhor ir a um banco."

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Terra dos Monstros: O Mestre Rosenhawer

Bom dia a todos,

Em algum post publicado anteriormente, eu falei sobre o meu livro Territórios: O Cinturão de Fogo que está em processo de análise pela editora. Ainda estou aguardando a resposta e juro por deus que a espera está me matando...

Outra série que comecei a escrever, na verdade esta está bem no começo mesmo, chama-se Terra dos Monstros. Ela conta a história de monstros que vivem entre nós e de uma organização especial para exterminá-los. O primeiro livro chama-se O Mestre Rosenhawer. Abaixo segue o prefácio do livro. Espero que gostem e comentem para que eu tenha um feedback e possa assim deixar o livro mais interessante. Obrigado

"Já era noite. Um aglomerado de pessoas esmagavam-se contra o vagão do metrô ainda com as portas fechadas. O sinal tocou e a movimentação intensificou. Bolsas, guarda-chuvas, até mesmo mala voaram por cima das cabeças dos passageiros acertando o ombro, o nariz ou o ouvido de algum desavisado. As pessoas ainda empurram tentando entrar no metrô quando o sinal tocou avisando do fechamento das portas. Violentamente, as portas fecharam com um estalo ritmado. Mais um toque e o metrô partiu deixando para trás um vácuo de silêncio que só foi interrompido com um grito estridente e apavorado de uma mulher de meia-idade apontando, com o rosto coberto em lágrimas e o olhar desesperado, para os trilhos.
Mais pessoas acompanharam o desespero da mulher quando olharam para onde a mulher apontava e gesticulava em completo desespero. Aquelas de estômago mais fraco tiveram sua última refeição expelida através de sua goela. Um homem quase desmaiou apoiando-se na parede com a mão bamba. Uma senhora perdeu o ar e caiu de rosto no chão quebrando sua dentadura.
Percebendo o alvoroço que se instalava na plataforma, três seguranças correram na direção do foco daquela inquietação. Apreensivos, eles abriram caminho empurrando as pessoas até finalmente chegarem a mulher de meia-idade ajoelhada no chão, quase caindo da plataforma, soluçando. Ela tremia selvagemente. Um dos seguranças viu o que estava assustando as pessoas e a visão o afetou drasticamente. Ele segurou no braço do outro segurança e sua visão chegou a ficar turva. Um garoto com o estômago aberto, os músculos expostos numa tonalidade cinza-esverdeado, os olhos saltados da órbita e o pé esquerdo decepado. O segurança vomitou enquanto os outros dois gritaram pedindo ajuda desesperadamente."

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Antes "amigo da onça" e agora também "amigo do crocodilo"!!!

Boa tarde a todos,

Quem nunca ouviu a expressão "Amigo da onça"?
Bom, provavelmente qualquer um já tenha escutado e também tenho conhecido algum amigo-da-onça. Contudo, amigo-do-crocodilo nunca ouvi falar.

O vídeo abaixo explica muito bem.

Vídeo Amigo-do-Crocodilo

O vídeo é de autoria da BBC.

No vídeo é contado a história de um homem que é amigo de um crocodilo há mais de vinte anos após ele ter salvado a fera. Com um amigo desses, duvido que alguém queira ser inimigo dele.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Esconderijo

Boa noite a todos,

Hoje é sexta-feira e não poderia existir um dia melhor para escrever no blog do que hoje. Pois é, se você acha que sua vida é uma merda...que tudo está indo para o lixo...talvez seja interessante que você leia a notícia no link abaixo.

Roubo acaba em caminhão de lixo

Pois é, queridos leitores. Depois dessa notícia me senti até melhor.

Um ótimo fim de semana para todos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Vida de operário




Booa noite, queridos leitores.

Quem convive com o dia-a-dia do operariado sabe das dificuldades que eles passam na sua rotina. Contudo, a coisa está tão braba, que até mesmo um integrante do stormtrooper foi visto andando de trem pela cidade de São Paulo. É a crise mundial influenciando no estilo de vida das pessoas.

Antes, acostumado com motos voadoras e aeronaves, o integrante do stormtrooper agora tem que andar de trem...

Agora que tal pegar o trem no horário de pico? O trem na estação Guaianazes às 06:30??? Esse é o lado negro da força

Um grande abraço para todos e um ótimo fim de semana!!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Territórios: O Cinturão de Fogo

Boa noite a todos os leitores,

Começo do ano estava meio entediado e muitas coisas aconteceram que apenas aumentaram o 'tédio'. De repente, comecei a escrever uma história que me veio na cabeça. Achei que não passaria de uma ou duas folhas. Quando notei, mais de trinta páginas já estavam escritas e a partir daí a história fluiu facilmente. Resolvi então embarcar nesse novo mundo: O mundo literário.

Confesso que escrever é uma das minhas paixões, mas nunca imaginei conseguir escrever um livro, quanto mais uma série. Pois é, as palavras foram aparecendo e o livro foi tomando forma.

Tendo o livro pronto, fui atrás de editoras que tivessem o interesse em publicá-lo. Aí o que faltou foi paciência e me informar um pouco mais. Acabei mandando loucamente o livro para várias editoras. Depois de uma conversa com minha namorada e meu cunhado, fui registrar o livro. Felizmente tudo correu bem e consegui o registro do livro.

Dica para os novos autores: REGISTREM O LIVRO. Mesmo que não enviem para editoras, mas ao ser escrito, o livro passa a ser uma criação. Um sentimento de você ter escrito, ter produzido um livro é indescritível. Deve ser como todo criador se sente em relação a sua criação. E é um prestígio que você dá ao seu livro quando o registra.

Territórios: O Cinturão de Fogo é apenas a primeira obra da série. Foi escrito em menos de uma semana numa verdadeira maratona que intensificou minha tendinite e meu incômodo nos olhos. A idéia fluiu e me diverti muito escrevendo. No início, seriam cinco livros. Contudo, com novas idéias pipocando na minha cabeça, mais um livro foi acrescentado a série. Atualmente estou terminando o terceiro livro e posso garantir que as aventuras só aumentarão com o decorrer da história.

Abaixo segue uma pequena sinopse do primeiro livro da série e a versão de capa feita por Andréa de Melo(deasigner@hotmail.com).

"Alf é apenas um garoto normal, estudando numa escola normal, vivendo num mundo normal. Contudo, uma tempestade e uma súbita sonolência alavancam Alf para um mundo de aventuras e batalhas intensas. O mundo: um continente dividido em porções de terra denominadas Territórios. Cada Território possui um governante intitulado Marquês. Uma grande guerra está explodindo quando Alf acorda numa cama confortável num castelo.
Neste novo mundo, Alf faz novas amizades e aprende sobre Espíritos, entidades elementais que emprestam seus poderes à seres humanos merecedores através de pactos. Um General avança com suas tropas sobre o Território do Fogo e Alf deve combatê-lo. Embarque nesta aventura alucinante com guerras, amizades e lágrimas. Assim é Territórios: O Cinturão de Fogo."


(Pré-capa Territórios: O Cinturão de Fogo)

domingo, 5 de setembro de 2010

Na fila do mercado

Boa tarde leitores,

Hoje vou contar um caso "engraçado" que aconteceu comigo. Não é engraçado no sentido da palavra. É mais no sentido de incomum.

Acordei de madrugada por conta de uma insônia que vem me perturbando já alguns dias. Lógico que com todo o meu típico mau-humor de insônia não consegui mais pegar no sono. Então vim para o computador mexer na internet. Quando menos notei, já era de manhã e minha barriga começou a roncar. Fui até a geladeira para ver se tinha alguma coisa para comer. Procurei, procurei e não achei nada que desse vontade de comer. Decidi então que iria comprar um sonho no supermercado aqui perto de casa.

Troquei de roupa e em menos de cinco minutos já estava no caminho. A cidade estava bem tranquila. A rua estava vazia, coisa muito difícil de se encontrar numa capital como São Paulo. O céu nublado era o sinal de que o tempo esfriaria. Quando cheguei no supermercado, foi o perfeito contraste com a cidade naquele momento. Filas para pão. Filas nos dois únicos caixas funcionando. Até fila para pegar carrinho. Vendo todo aquele alvoroço, até me arrependi de ter saído de casa só para comprar sonho. Andei rápido para o balcão. Outras sete pessoas esperavam uma mulher que tentava pegar um sonho com uma mão enquanto segurava o celular pressionando-o contra seu ouvido com a outra mão.

Após uma longa espera, finalmente peguei meu sonho e parti para a fila do caixa. Para minha infelicidade, a fila do caixa estava ainda maior do que a do sonho. Carrinhos de compras lotados congestionaram as duas filas. E eu, apenas com meu sonho, teria que aguardar.

Na minha frente, uma senhora esperava pacientemente sua vez. Ela segurava uma cesta de compras com enlatados, pão, algumas verduras e frutas. Ofereci segurar a cesta para ela, mas educadamente ela recusou. A partir daí, a senhora começou a conversar comigo. Na verdade, foi praticamente um monólogo. Ela falou e eu ouvi. A senhora se chamava Antônia e há poucos dias perdera um neto num acidente de carro. Ela falou que o neto se parecia muito comigo me deixando encabulado. Quando sorri, ela derramou uma lágrima. Ao me ver preocupado, ela sorriu e disse que seu neto sorria como eu. Então comecei a perguntar para a senhora como era o neto dela e ela me falou que ele era um bom garoto, tinha uma boa profissão, embora ainda estivesse começando. Ela me falou que ele estava noivo de uma garota que ela adorava e que partia o coração dela ver o sofrimento da garota após a morte do seu neto. Nessa hora, a senhora já não segurava mais suas lágrimas. Ela chorava mas suas palavras continuavam saindo firmes.

Quando finalmente chegou a vez dela no caixa, ela segurou minha mão com força e agradeceu. Disse que iria rezar para que eu vivesse bastante (espero que isso realmente aconteça) e que pudesse ter tempo para aproveitar a vida. Então a senhora foi embora com seus passos curtos e rítmicos. Paguei meu sonho e voltei para casa. Estou até agora com aquela senhora na cabeça. A infelicidade dela de viver e ver seu neto morrer me deixou pensativo. Infelizmente a vida. às vezes, nos tira pessoas muito antes delas se tocarem que estão vivendo.

Por isso é bom aproveitar ao máximo tudo que a vida nos oferece.
Um bom feriado a todos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Da série: "Coisas que só acontecem na China"

Imagine você, querido leitor, andando despreocupadamente pela rua, quando de repente...você se depara com um rapaz quase raquítico puxando uma carroça. Até aí, nada demais, não? Pois agora imagine que a carroça do rapaz não esteja vazia. Alguns objetos estão pendurados e amarrados para evitar que caiam pela rua. Ainda nada demais, não? Agora imagine que os objetos são cadeiras de vários tipos. Bom, já é um pouco mais difícil de imaginar, não? Pois bem. Agora não adianta nem eu tentar explicar para você o último detalhe porque é impossível de se imaginar. Apenas com foto podemos pensar e ainda assim com desconfiança.




Bom. Provavelmente o garoto vai dar festa para os familiares e estava faltando cadeira para alguns membros e ele foi buscar. Só na China para algo assim acontecer.

Um grande abraço para todos e um bom feriado.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Vento no litoral


Hoje estava trabalhando quando, da minha lista de músicas, tocou uma que me inundou com lembranças. Uma música, que creio eu, encha a mente de qualquer pessoa com lembranças da adolescência. Da fase dourada da vida. Pois é. Aposto que muitos que lêem já sabem de qual música estou falando. Ela começa assim...
"De tarde quero descansar,
chegar até a praia e ver
se o vento ainda está forte
e vai ser bom subir nas pedras..."


É caro leitor. Não tenho dúvida que você pensou justamente nessa música: Vento no Litoral. Já ouvi algumas pessoas falarem que a música era um assinado de suicídio, que era música para deprimido e tantas outras coisas. Não concordo com nenhuma dessas classificações. Para mim, a música é minha adolescência. Minhas amizades, minhas brincadeiras, minhas dificuldades, alegrias e tristezas. É isso que é a música para mim. Quando me foi perguntado uma vez como eu podia achar que a música não era depressiva, respondi:

"Minha adolescência não foi difícil como de muitas pessoas que conheci e tantas outras que vejo no trem, na rua, ou sentada na esquina de alguma rua. Eu tive casa, comida, companhia. Deitava no chão tanto para me refrescar do calor de Recife como para brincar fazendo paródias com a revolta adolescente. Matei muitas aulas e levei broncas de coordenadoras. Fingi estar doente também e só parei quando a coordenadora já não dirigia mais a escola.

Joguei bola, videogame, elifoot, manager, assisti pokémon, colecionei figurinhas, assisti bob esponja no cinema e Shrek 1. Joguei muita conversa fora, antes, durante e depois das aulas. Tomei muito sorvete e caminhei muito mais ainda no calçadão de Olinda que na época era um monte de pedra mal posta. Comemorei aniversários e jogamos ovos em aniversariantes. Fomos na praia jogar futebol e volei. Sentamos cinco pessoas no banco traseiro de um gol branco.

Sinto saudades da adolescência tanto quanto da infância."

A pessoa então perguntou se eu gostaria de voltar a viver o que vivi na adolescência. Pensei um pouco e refutei a idéia. Então ela me perguntou:

- Por quê não se sua adolescência foi tão feliz?

Olhei nos olhos da pessoa e a minha resposta estava na própria pergunta da pessoa. Não voltaria porque fui feliz e não iria querer correr o risco, caso voltasse, de estragar tudo.


Bom, para os que me conhecem, sabem que eu não teria como falar exatamente o que está escrito aqui, porque quem me conhece, me conhece. Sou muito melhor na escrita do que falando.

Um grande abraço para todos e comentem.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Da série: "A Janela para Nárnia" - Primeiro Capítulo

"Aquela era uma noite um tanto anormal. Três pessoas esperavam o trem na plataforma já impacientes. Estava ficando tarde e eles ainda não tinham retornado para casa. Um urro contínuo ecoou pelo túnel de onde saíam os trilhos. Alguém que não estivesse acostumado com aquele ambiente imaginaria logo uma serpente gigante com olhos brilhantes saindo pelo túnel, mas os três deram um passo para frente na plataforma. O trem passou por eles carregando consigo uma corrente de ar que esvoaçou seus cabelos furiosamente.
- Finalmente. - um dos três resmungou.
Os outros dois apenas confirmaram com a cabeça.
Finalmente o trem parou e suas portas se abriram. Um apito agudo soou. Os três olharam desconfiados para o trem vazio. Estranharam, mas a pressa fez com que entrassem sem demora. Com um novo apito, as portas fecharam-se e o trem pôs-se em movimento.
Nenhum dos três haviam pego um trem vazio como aquele. Os bancos estavam todos vazios. Eles caminharam até um deles e sentaram-se. Um pressentimento estranho estava percorrendo dentro deles. Eles sabiam que nunca, mas NUNCA mesmo, aquele trem poderia estar vazio. Afinal, eles moravam na CAPITAL.
O trem parou em todas as estações normalmente, mas ninguém entrou naquele vagão. Vez ou outra, quando o trem estava perto de parar, um deles levantava-se e procurava por alguma alma parada na plataforma. Não havia ninguém lá.
- Que cabrero. - o garoto falou com a voz cansada saindo forçadamente.
Os outros dois apenas concordaram com a cabeça.
Quando finalmente o trem chegou no destino dos garotos, eles saíram apressadamente pela plataforma subindo as escadas até a estação de trem. Para espanto deles, a estação estava tão vazia quanto o trem.
- Melhor a gente andar rápido até em casa. - o que falou era o menor dos três. Seus olhos vigiavam as quinas da estação procurando algo que ele não gostaria de encontrar.
Os três subiram a calçada com passadas longas e rápidas pulando até três degraus de uma só vez. Quando chegaram à rua, perceberam que ela estava igual a estação e o trem: VAZIOS.
- Que merda é essa? - perguntou o maior deles. Sua voz mostrando um misto de apreensão e espanto.
A luz dos postes estava fraca e a rua estava imersa numa densa névoa. Os três caminharam quase correndo até o apartamento em que moravam. Este não ficava tão distante, apenas algumas quadras da estação, então em poucos minutos já estavam em casa. Ficaram parados no portão esperando que o porteiro abrisse, mas ele não abriu. Então tocaram a campainha e esperaram. Passou-se um tempo e não obtiveram sinal do porteiro.
- Até o porteiro sumiu! - o menor dos garotos já não tentava esconder o medo. Ele olhava para todos os lados. Estava tremendo e não era de frio.
- Vem. - o do meio puxou o menor para perto da grade do estacionamento. - Pula e pega a chave. - falou para o menor que estremeceu com a idéia do amigo. Ele balançou a cabeça em negação tentando persuadir o amigo a ter outra idéia.
O maior dos três chegou mais perto.
- Vai! Anda logo, Daniel. - ele esbravejou.
Daniel, o menor dos três, pulou a grade relutante. Estava difícil ver a cabine do porteiro, e ele demorou para achar a chave do portão. Ele entrou na cabine preocupado. Aguçou os ouvidos para escutar qualquer coisa estranha.
- Que enrascada... - gemeu assustado.
Quando finalmente encontrou a chave, ele correu ao encontro dos amigos que esperavam do lado de fora. Ele abriu a grade com rapidez e os outros dois entraram.
- Valeu, Dan. - o maior deles parabenizou alegremente o amigo deixando um pouco de lado a apreensão daquela noite.
Os três subiram pelas escadas. O barulho dos passos ecoavam e parecia que caminhavam em um longo túnel.
Finalmente chegaram no apartamento. Eles abriram a porta e entraram.
- Que dia estranho. - Miguel, o garoto do meio, exclamou.
- Pode crer. - Paulo era o maior deles, mas apesar disso estava assustado como os outros dois, embora Daniel tremesse.

CRUNC!


Os garotos estremeceram quando o barulho da queda de algum objeto muito pesado cortou o silêncio.
- Que foi isso?! - Daniel estava amassado contra a parede. O medo fluía pelas lágrimas nos seus olhos.
- Não sei. - Miguel respondeu ao garoto tentando acalmá-lo.

CRUNC!

O barulho assustou novamente os garotos, embora menos dessa vez.
- Olha lá! - Paulo apontou para um luz fraca que saía do banheiro. Os três entreolharam-se pasmos.
- Vamos até lá. - Miguel sussurrou.
- Eu não vou. - Daniel retrucou com a voz trêmula.
- Se você prefere ficar aqui sozinho, tudo bem.
Daniel olhou para os lados e pensou novamente. No fim, acabou aceitando e juntou-se a Miguel e Paulo.
Os três caminharam lentamente até a porta do banheiro, tomando cuidado para não fazerem barulho. O caminho não era longo. Apenas cinco passos curtos e já estavam parados na frente do banheiro. De dentro dele, uma luz muito fraca piscou.
- A janela... - Paulo não teve tempo de terminar a frase pois uma força invisível os puxou em direção à janela.
- AAAAAAAAAAAAAAH!!! - gritaram em uníssono.
A janela abriu-se como um buraco negro e eles foram sugados por ela. Apenas podia-se ouvir o som dos gritos dos garotos. Quando finalmente cansaram-se de gritar, perceberam que já estavam caindo sejá lá onde há alguns longos minutos.
- Que queda longa. - Miguel falou entediado.
Paulo concordou também entediado.
Daniel estava encolhido na medida que era possível ficar quando se está em queda livre para algum lugar desconhecido.
- Quando será que vamos nos estatelar no chão? - Paulo perguntou em deboche.
Daniel gemeu e os outros dois garotos riram do seu amigo.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!! - o grito de Daniel assustou Paulo e Miguel.
- O que foi?! Não cansou de gritar? - Paulo perguntou irritado.
Daniel apontava paralisado para baixo. Paulo e Miguel perceberam e olharam para baixo. Algo marrom aproximava-se. Algo marrom...
- É O CHÃO! - Daniel gritou.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!! - dessa vez Paulo e Miguel acompanharam Daniel nos gritos.

BLOSH!
Como um míssil, os três abriram um buraco num monte fedorento. Eles levantaram-se observando a coisa marrom e fedorenta.

- Ora! Mais ocês fizeram um grande bagunça com o cocô das cabritas, não? - uma voz fina falou bem abaixo deles. Eles olharam para baixo assustados. Uma pequena criatura de nariz longo e empinando, cabelos e olhos roxos com um chapéu de palha estava em pé ao lado de uma imensa carroça lotada de esterco que impediu que os três garotos caíssem direto no chão. - Calma lá que vô ajudar ocês a descer. Guenta aí.
A criatura assoviou e alguns segundos depois um terremoto moveu o chão. Um buraco abriu-se e uma minhoca de proporções titânicas saiu de lá. Os três garotos nem conseguiram gritar quando a minhoca titânica começou a devorar todo o esterco da carroça e em poucos minutos os três já estavam na altura do chão e puderam pular da carroça.
A pequena criatura caminhou até eles. Ela chegava na cintura de Daniel.
- Então... - começou observando curiosa os três garotos. - de onde cês são? Cair do céu desse jeito é um jeito estranho de viajar.
Os três entreolharam-se.
- Onde estamos? - Miguel perguntou tomando a iniciativa.
A criatura olhou para eles desconfiada, mas acabou respondendo:
- Cês tão em Nárnia.
"

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

No Brasil a seca atinge boa parte do território...já na França...

Essa semana foi de muito Sol, calor e umidade baixa. Os jornais informavam do estado de alerta de diversos municípios. Eu mesmo cheguei a ficar preocupado de morrer sufocado sem conseguir respirar, tanto que essa noite deixei uma bacia cheia de água do lado da minha cama para ver se melhorava um pouco as coisas. E não é que melhorou?!

Hoje o tempo esfriou, a umidade subiu e agora consigo até sentir o ar passando pelo nariz...contudo, situação pior quem está passando são os moradores de uma pequena vila na França. Vamos fazer uma pequena reflexão.

Você, essa semana, deve ter sentido a garganta secar e um bolor formar dentro dela, certo? Provavelmente estou. Depois, seus olhos arderam até chegar ao ponto de lacrimejar, mas infelizmente nem lágrimas seu corpo conseguiu produzir, certo? Também provavelmente estou certo. Pois é. Agora imagine se chegar alguém e falar pra você que desejaria que caísse qualquer coisa do céu. Qualquer coisa que fosse. O que faria? Desejaria também, não é? Pois pense bem no que vai desejar depois de ler essa notícia.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/08/misterio-de-chuva-de-fezes-intriga-cidade-na-franca.html

Quem diria??? Quando li a notícia quase morri de tanto rir. Pois é, aqui nós reclamando da falta de chuva e na França os franceses reclamando do excesso de cocô-chuva.

Uma boa semana para todos e muitas risadas também.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Umidade do ar é o pior do ano em São Paulo



Algum de vocês já tiveram aquela sensação de derreter embaixo do Sol? Da garganta secar, os olhos arder e o pulmão não conseguir puxar o ar?

Pois é. Hoje foi um desses tão típicos dias de calor abafado e intenso. Pior de tudo: Hoje ainda tive que fazer várias tarefas na rua como ir no mercado, entre outras coisas.

É importante que todos usem protetor solar. Óculos escuros também ajudam e manter o corpo hidratado com muita água.

Boa semana para todos.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Bienal 2010

Bom dia a todos!!

A Bienal 2010 ainda rola solta aqui em São Paulo. Eu fui dar uma olhada no evento no sábado junto com minha namorada, cunhadas e cunhados e apesar de estar super cheio, ainda assim achei bem legal. Lógico que os livros poderiam estar um pouco mais barato, mas como espero estar entrando no ramo de literatura, até entendo o preço dos livros.

Em contrapartida, muitos lançamentos. Vi imensas filas com pessoas loucas por um autógrafo de seus escritores favoritos e eu também estive em uma delas.

Visitei o estande da Leya pouco antes da presença de Raphael Draccon (escritor competente e bastante criativo) para garantir meu exemplar do terceiro livro de Dragões de Éter intitulado Círculos de Chuva.
Estou, no momento, no terceito ato sedento por continuar devorando o livro, mas as obrigações do dia-a-dia infelizmente me tiram desse mundo incrível que é Nova Ether. Como não podia deixar de ser, quando soube que Raphael Draccon estaria no estande em poucos minutos, corri para a fila que já se formava com outros, que como eu, vibraram com cada palavra, cada página, cada divagação que nos leva até o mundo maravilhoso que Draccon criou com tanta simplicidade e competência. Abaixo está uma foto que tirei com Draccon e que fiquei muito feliz, muito feliz mesmo de ter meu terceiro livro autografado por ele e abaixo da foto uma pequena resenha da série como um todo. Obrigado Draccon, obrigado por esse mundo que você criou e nos transportou até ele com maestria que apenas grandes escritores têm o dom de fazer.


"Dragões de Éter, lembro a primeira vez que o vi. Eu estava visitando minha família em Pernambuco quando minha mãe convidou eu e meu irmão para o shopping. Aceitamos e fomos. No shopping, entrei na livraria para folhear algum livro, procurando sem muito interesse por estilos que eu já conhecia e não faziam minha boca salivar com a vontade de lê-los. Foi então que, revirando uma estante de livros, vi um livro que me pareceu interessante. O nome do livro? Coração de Pedra. Peguei o livro e o folheei na esperança de sentir interesse em lê-lo. O interesse veio e eu o coloquei na cestinha de compras.

Quando minha mãe já estava no caixa, pronta para ir embora apenas esperando que eu a entregasse o livro, um nome me chamou a atenção. No meio de tantos livros, de tantas cores, eu vi algo que me chamou a atenção. Dragões de Éter. Li o nome do livro e o puxei da estante. Minha mãe já estava começando a ficar impaciente e só ficou mais ainda quando eu resolvi folhear o livro. Confesso que imaginei algo muito diferente da minha primeira impressão do que seria o livro. Imaginei algo como o filme Shrek onde o conto-de-fadas é apenas um motivo para comédia e senti dúvida qual livro levaria. Perguntei para meu irmão qual eu deveria levar. Ele, na mais sábia e inocente decisão, disse que eu devia levar Dragões de Éter porque era um livro só. Eu não teria que esperar até lançarem o próximo. Minha mãe, já extremamente impaciente disse para eu levar os dois. Ela pagaria por um enquanto eu pagaria pelo outro.

Eu estava no caixa passando meu cartão para comprar Dragões de Éter, mas ele não tinha crédito suficiente. Olhei para minha mãe como o gato do Shrek e consegui convencê-la a comprar também Dragões de Éter. Saí feliz da livraria, com dois livros na sacola.

Quando chegamos em casa, fui direto para a varando ler o Coração de Pedra, mas não sem antes golear meu irmão no Winning Eleven do playstation one. Comecei a leitura e fui até a madrugada. Para falar a verdade, não gostei muito. Em muitos momentos sentia o sono chegando, mas me esforcei em mantê-los abertos até o fim. Antes que o Sol nascesse, eu já estava no final do livro.

Ao terminar Coração de Pedra, senti um alívio por ter terminado e uma angústia por ter perdido meu sono lendo-o. Então fui para cama aproveitar os últimos minutos da noite (porque quem já visitou ou morou ou mora em Pernambuco, sabe que o amanhecer já traz um calor de fritar ovo no asfalto). Quando subi para minha cama, vi Dragões de Éter lá. Parecia estar dormindo. Peguei o livro e o folheei. O livro ainda era a versão antiga do primeiro livro. Deitei na cama e comecei a ler. Li e me envolvi de tal maneira na história que o livro tomou café da manhã, almoçou e jantou conosco. Em um dia terminei o primeiro livro. Quando virei a última página, um sentimento de satisfação tomou conta de mim. Ganhei um dia inteiro lendo um livro que fez minha mente viajar para um outro mundo, uma outra realidade.

Confesso que tomei um susto quando vi o segundo livro da série Dragões de Éter. Imaginava que o livro era volume único e me empolguei correndo até a livraria, apanhando o livro e pulando no caixa. Ainda hoje lembro a expressão de assustada da garota que estava no caixa quando pulei com o livro na mão. Voltei para casa e comecei a lê-lo. Quando terminei, mas um sentimento de satisfação me invadiu. O sentimento de ter ganho mais um dia lendo um livro tão bom quanto Dragões de Éter.

Fiquei angustiado na espera do terceiro e último ='( livro da série. Não sei se isso acontece com vocês, queridos leitores, mas eu sinto um vazio imenso depois que uma grande série termina. Foi assim com Friends, X-men, Caverna dos Dragões, Jiraya, dentre tantos outros que permearam minha vida. Ainda estou lendo o terceiro e estou adorando. Uma dualidade de sentimentos rivalizam dentro de mim. O sentimento de alegria por ter sido um dos felizardos de participar deste mundo incrível que é Nova Ether e o sentimento de tristeza pela última página dos irmãos Hanson, de Ariane, dos irmãos reais Branford, Liriel e Snail...personagens que conseguiram criar formas físicas dentro da minha mente. Mais uma vez, agradeço Raphael Draccon por ter nos dado o ingresso para este mundo maravilhoso, este mundo de intrigas políticas, rivalidades, amizades e tantos outros sentimentos que encontramos em nós mesmos e no nosso próprio mundo, assim como o mundo de Nova Ether, o mundo de Dragões de Éter."